Se você tem mais de vinte anos certamente já se consultou com algum profissional, médico ou nutricionista, que definiu sua saúde por meio do IMC (Índice de Massa Corporal). Mas será que este é o caminho (e o mais seguro) para apontar se estamos saudáveis ou não?
Depois de passar por dezenas de profissionais que se basearam somente no meu IMC para fazer o diagnóstico sobre a minha saúde, hoje eu tenho convicção de que este não pode ser o fator determinante.
Esta minha crença está apoiada em uma porção de artigos médicos e também na conduta de especialistas que se abriram para entender o paciente como um todo, levando outros fatores essenciais, como o estilo de vida, em consideração para definir com mais assertividade a condição de saúde do paciente.
Se você ainda está apegada única e somente na aferição do seu IMC, vale ler este artigo até o final para entender mais sobre o assunto.
O que é IMC
Índice de Massa Corporal é o cálculo em que se divide o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado.
Criado há quase 200 anos, em 1832, pelo matemático e astrônomo belga Lambert Adolphe Jacques Quetelet, o método foi adotado pela Organização Mundial de Saúde para medir o grau de magreza ou gordura de uma pessoa.
Naquela época, foi determinado seu uso para dizer se uma pessoa está com obesidade, por exemplo.
Um cálculo imperfeito
O IMC apresenta uma série de defeitos que deveriam impedir que este cálculo fosse utilizado para toda a população mundial. Alguns deles:
- O IMC não leva em consideração o sexo ou a massa muscular;
- Os extremos em saúde não costumam ser considerados positivos, mas um atleta que possui o porcentual baixo de gordura com massa muscular elevada não é ruim. Isso já torna o Índice impreciso;
- Não é adequado para menores de 18 anos;
- Não leva em consideração diferentes populações (a composição corporal de um latino é diferente de um europeu ou asiático).
O que faz sentido para você?
Uma coisa é fato: cada pessoa é um indivíduo único, com particularidades distintas. Fórmulas mágicas que definem o que é saúde fatalmente será impreciso e deixará de contemplar a diversidade de corpos.
Mas, há uma série de hábitos que podem, sim, melhorar nossa saúde e nossa relação com a gente.
Para mim, algumas dessas ações me ajudam a me conhecer melhor e buscar uma vida de maior bem-estar:
- Ter acompanhamento médico com profissionais não gordofóbicos;
- Trabalhar numa relação de maior gentileza na alimentação;
- Fazer exercícios com intenção de buscar bem-estar físico e mental;
- Realizar atividades de lazer com as pessoas que eu amo;
- Buscar uma vida de equilíbrio físico, emocional e espiritual.
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