Às vezes eu tenho conversas comigo mesma. Eu não preciso estar em frente ao espelho, só conectada com o meu interior, mesmo.
A minha cabeça me deixa maluca, me sabota, encontra um turbilhão de defeitos e faz eu me sentir exausta. Lutar contra um monte de limitações que ela mesma criou pra mim é desesperador. E me faz ter medo, me faz ter vontade de desistir de qualquer sonho que pulse dentro de mim.
Mas tem dias, quando eu consigo diminuir os pensamentos sobre “tudo o que eu preciso fazer” ou sobre o “quão incapaz eu sou”, que eu consigo falar a real, mesmo que internamente.
“Você precisa mudar a chave aí dentro, Bárbara. Você sabe que é capaz, você se esforça muito pra ser melhor, você se dedica mais do que muita gente a tudo o que se propõe a fazer. E, se você não acreditar nisso, o mundo não vai ser capaz de acreditar também.”
Poxa, mas como eu viro essa chave? Eu sempre levo pra terapia que eu tenho uma autoestima frágil. Ela pode estar super alta, mas um “não tá certo” ou “podia ser melhor” do mundo externo, ela já vai pro chão.
Eu queria vir aqui pra trazer a resposta pronta, mas não existe, né? O caminho eu sei: é o do autoconhecimento. A pandemia fez a gente (pelo menos eu) se obrigar a encarar nós mesmas, né? E ter consciência de que faz parte do processo me ajuda a não desistir. Desanimar? Às vezes. Mas desistir, não mais.
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